
Materia reproduzida da Folha Online (www.folha.com.br), do dia 06/10/2013.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/turismo/americadosul/brasil-ilhabela-historia.shtml
Onde comer em Ilhabela.
Restaurante Ilha Sul
Fica na av. Riachuelo, 287, praia da Feiticeira. Tel: 0/xx/12/472-9426. 50 lugares. Sex., sáb. e dom.: das 13h às 23h. Alta temporada (até o Carnaval), aberto diariamente. Especialidade: badejo com frutos do mar e lascas de polvo ao limão.
Deck Bar, Restaurante e Pizzaria
Fica na av. Almirante Tamandaré, 805, praia de Itaguaçu, tel.: 0/xx/12/472-1489/472-2307. 150 lugares. Seg. a sex. e dom.: 11h30 às 4h. Sáb.: a partir das 11h30. Especialidade: camarão à Ilhabela (camarões grandes com molho branco com mandioquinha e pedaços de manga).
Restaurante Viana
Av. Leonardo Reale, 1.560 (praia do Viana), tel.: 0/xx/12/472-1086. 50 lugares. Seg. a dom.: 13h às 22h30. Especialidade: casquinha de camarão.
Restaurante e Pizzaria Aeroilha
Praça da Bandeira, 1 (píer da Vila), tel.: 0/xx/12/472/1178. 150 lugares. Seg. a sex: das 17h à 0h30. Sáb. e dom. das 12h até o último cliente. Especialidade: camarão à Pastorella (camarões grandes empanados e recheados com catupiry) e picanha à Texana (o próprio cliente grelha as fatias de carne em sua mesa. Acompanha farofa e molho de vinagrete). Também serve pizzas.
Restaurante Cheiro Verde
Rua da Padroeira, 109 (na Vila), tel.: 0/xx/12/472/3245. Restaurante com excelente comida caseira e barata, frequentado por velejadores, como Amyr Klink e Torben Grael.
Restaurante Max
Localizado na av. Princesa Isabel, 1.390 (praia do Perequê), tel.: 0/xx/12/472-1202. 120 lugares. Seg. a dom.: 12h à 1h. Especialidade: camarão no coco verde. Também serve pizzas.
Maison Joly Restaurante
Fica na rua Antonio Lisboa Alves, 272, Centro, tel.: 0/xx/12/472-1201. Seg. a dom.: 8h às 24h. Especializado em frutos do mar.
da Folha Online
Praias
Curral
A 12 km da balsa, sentido sul da ilha. Uma das mais badaladas e frequentadas pela moçada, com vários bares espalhados nas areias e música ao vivo. A maior parte dos bares tem estacionamento. Aluguel de caiaques.
Castelhanos
Boa para surfar e praticar mergulho. Localizada do lado oposto da ilha, é a maior das praias do arquipélago, com dois quilômetros de extensão. Para chegar lá, recomenda-se ir de jipe. A estrada, de 22 km, é de terra e bastante esburacada. Mas vale a pena conhecê-la.
Feiticeira
A cinco quilômetros da balsa, ao sul. É uma das mais belas de Ilhabela. O acesso é por meio de uma fazenda.
Praia Grande
Fica depois da praia da Feiticeira. É uma das mais frequentadas, com bares, pequenos restaurantes e campings. Para os esportistas, há uma quadra de esportes ao lado de uma pequena igreja.
Pinto
Localizada no norte da ilha, após a praia da Armação. Um dos lugares preferidos pelos jovens. Local frequentado por praticantes do windsurf. Três quiosques na praia "abastecem" a moçada.
Jabaquara
Com cerca de 500 m de extensão e águas calmas, é outro lugar badalado da ilha. É a última praia acessível pela estrada pavimentada. Bom local para a prática de windsurf. O acesso é por uma pequena trilha. Tem uma bela paisagem, com cachoeira, muita vegetação e casas e barcos de pescadores.
Pequeá
Localizada antes de chegar à vila, onde era o antigo aeroporto. Pequena e simpática, muitas casas de veranistas tem uma porta "de cara" com a areia. No extremo da praia, chamada de Ponta do Pequeá, é frequentada por praticantes da pesca.
Saco de Capela (centro)
De frente aos hotéis Ilhabela e Itapemar e ao lado do Iate Clube Pindá, onde frequentadores de Ilhabela ancoram os seus barcos. Vários quiosques espalham-se pela praia, incluído um pequeno sushi bar.
Perequê
Arborizada, é um dos pontos mais frequentados da ilha, com vários bares, restaurantes e comércio. Vários quiosques na praia.
Ilha das Cabras
No litoral sul, praia com belo visual da Ilha das Cabras, que é uma propriedade particular. Mas mesmo assim, é possível mergulhar e ver peixes e animais marinhos entre as pedras.Tem pequenos bares, restaurantes e algumas pousadas.
Portinho
No sul da ilha. É uma praia minúscula, onde pequenas casas ficam bem perto do mar.
Bonete
Sul da ilha, depois da cachoeira da Laje. O melhor acesso é pelo mar. Para quem gosta de aventura, é possível chegar a pé, após três horas de caminhada, a partir de Borrifos. Lá, os caiçaras têm cabelos e olhos claros. Segundo os moradores da ilha, esses pescadores seriam descendentes de piratas ingleses que utilizaram a ilha como refúgio no passado. Águas agitadas frequentadas por surfistas.
Como chegar
A partir de São Paulo são 219 km, pela rodovia dos Trabalhadores/via Dutra até São José dos Campos; SP 99 (rodovia dos Tamoios) até Caraguatatuba; SP 55 (rodovia Prestes Maias) até São Sebastião. O acesso a ilha de São Sebastião é feito por 'ferryboats' (balsas).
As balsas funcionam ininterruptamente aos sábados, domingos, feriados e na alta temporada, que vai de 20 de dezembro até o fim de março. Nos dias de semana, a travessia é interrompida das 2h às 5h. Quem sai da capital paulista também pode ir pela rodovia Carvalho Pinto, que se inicia a partir da Trabalhadores.
Outra opção é ir por Santos (220 km), pelo sistema Anchieta-Imigrantes. Antes de chegar à cidade santista, há um entroncamento em direção ao Guarujá, no qual se inicia a SP-55 ou Rio-Santos. Antes de chegar ao Guarujá, há uma entrada à esquerda em direção a São Sebastião.
Onde comprar
Na vila, as principais lojas se concentram no shopping São Paulo, onde predomina a moda náutica. Na antiga prefeitura municipal, transformada em espaço cultural, caiçaras de Ilhabela e da ilha de Búzios expõem diversos produtos em artesanato, utilizando como matéria-prima o vime. Nas proximidades da balsa, lojas vendem souvenires.
Ilhabela - Mexa-se! por MÁRCIO DINIZ da Folha Online
Veja o que você pode fazer em Ilhabela para não ficar parado sequer um dia "torrando" no sol.
Esportes
Conhecida como capital da vela, Ilhabela também é um local ideal para a prática de outros esportes, como pesca oceânica, mergulho e trekking (caminhada).
Para todas as modalidades existe uma razoável infra-estrutura de serviços, como aluguel de equipamentos, veículos e barcos, guias turísticos e escolas que ensinam a navegar e mergulhar.
Para os amantes da vela, as condições climáticas são perfeitas. O sistema de ventos e as correntes marítimas fazem do canal uma verdadeira raia de competições. A Semana de Vela, que acontece todos os anos no mês de julho, é o principal evento de veleiros de oceano do país.
Esta época também é ideal para aproveitar os passeios de barco, já que o sol não é tão forte como no verão.
É comum ver os iatistas Robert Scheidt, Torben Grael e Lars Grael treinando na ilha. Já a Ponta das Canas é o principal "point" do windsurf no Estado.
Mergulho
Ilhabela é muito procurada por mergulhadores, seja para caça ou para um mergulho autônomo, o arquipélago é considerado um dos melhores lugares para o esporte.
Os navios naufragados que cercam a ilha são uma atração a mais para os mergulhadores. Os principais naufrágios são: Príncipe de Astúrias, considerado o maior naufrágio da costa brasileira (Pirambura); Aymoré (Ponta do Ribeirão entre Praia Grande e Curral); Velasquez (Ponta da Sela); Terezina (Costão do Taubaté).
Pesca
Em Ilhabela, é possível praticar vários tipos de pesca: praia, canal, costeira e oceânica. De praia e canal podem ser pescados espadas, corvinas, bicudas, garoupas.
Na costeira (rochas e costões), pode-se pescar no verão as cobiçadas anchovas, além de badejos, bicudas, bonitos, dourados. Já no inverno, predominam as sororocas, fardas, cavalas, olhetes e olhos-de-boi.
O período de outubro a março é ideal para a pesca oceânica (em alto-mar). As águas quentes da corrente marítima chamada Brasil atraem os peixes de-bico, marlins com mais de 600 kg, sailfish, dourados, atuns, albacoras e outros peixes grandes.
Trilhas
Para quem gosta de caminhar, Ilhabela possui trilhas para todos os níveis de dificuldade. A trilha do morro do Baepi, com 1025 m, é um prato cheio para os trilheiros mais experientes. O percurso até o topo é feito em cerca de quatro horas. Mas o esforço é compensado com uma bela vista da orla marítima de Ilhabela.
A trilha da Água Branca é a única com infra-estrutura. Ao longo de seu percurso estão instaladas lixeiras, identificação das árvores e pontos de descanso com mesas e cadeiras para lanches. O acesso é pela estrada de Castelhanos, na altura do km 7. Seu nível é considerado médio.
Já a trilha da Cachoeira Grande tem nível médio, mas exige um bom preparo físico por causa do trajeto íngreme. Ela começa a partir do lado esquerdo da Praia de Castelhanos. Não é recomendado percorrer a trilha sem acompanhamento de um guia. A duração da caminhada varia entre 50 minutos e uma hora.
Conheça os melhores passeios para fazer de dia em Ilhabela, no litoral norte de São Paulo.
A pé
· Trilha da Água Branca
No Parque Estadual de Ilhabela, que abrange 85% da ilha, é possível fazer um passeio na única trilha mapeada pela entidade. É a trilha da Água Branca, de 2,2 km, que tem início na sede (rua do Morro da Cruz, 608, Itaguaçu) e que termina na estrada que vai para a praia de Castelhanos.
No percurso, há cinco quedas d'água. O trajeto de ida e volta (retornando pela estrada) é de 3,6 km. A direção do parque recomenda aos turistas que levem repelente contra insetos e proíbe a entrada de animais domésticos. O parque dispõe de educadores ambientais que informam sobre a flora e a fauna da região.
· Cachoeira do Gato
A cachoeira, com uma queda de 65 m, está localizada a 45 minutos a partir do lado esquerdo da praia de Castelhanos. O acesso é difícil, por isso, vá com um monitor.
· Cachoeira da Laje
A trilha se inicia no final da estrada em direção ao sul da ilha, na Ponta de Sepituba. O carro pode ser deixado em um estacionamento particular, à beira da estrada. De lá, leva-se uma hora de caminhada até a cachoeira, a uma grande piscina e a tobogãs naturais nas pedras.
· Cachoeira da Toca
É a mais acessível das cachoeiras, no início da estrada de Castelhanos (nº 2.071). A queda d'água forma uma piscina natural e suas pedras são usadas como "escorregadores" pelos visitantes.
· Praia de Castelhanos
O caminho ao lado oposto da ilha pode ser percorrido a pé, de bicicleta e também de automóvel, dependendo da condição da estrada. Cortando regatos, morros e toda a mata, a caminhada demora cerca de seis horas.
No mar
Sem dúvida, o melhor atrativo de Ilhabela são os passeios de escuna, veleiro e lancha. Há passeios de escuna até a praia de Jabaquara (norte), por exemplo, ou de lancha, ao sul, até as praias do Bonete e das Enchovas. Para o norte, em direção à baía de Castelhanos, é possível parar em várias praias, como a do Saco do Eustáquio e a do Saco do Sombrio.
Imperdível uma parada na praia do Saco de Eustáquio, onde há uma "fazenda" de criação de mariscos, e tomar a caipirinha de folha de mexirica "brava", preparada em um dos quiosques da praia.
No ar
Na praia do Engenho D'Água faça um passeio de paraseil (pára-quedas puxado por uma lancha), na escola de iatismo BL3.
Serviço:
Parque Estadual de Ilhabela: O horário de visitação é das 9h às 16h30. Tel.: 0/xx/12/472-2660. Endereço: Rua do Morro da Cruz, 608 – Bairro de Itaguaçu, Ilhabela.
Maremar Turismo: tel.: 0/xx/12/472-1418. Preços de acordo com a embarcação: escuna (adulto, R$ 25, e crianças, de quatro a 12 anos, R$ 12; lancha (p/ seis pessoas), R$ 400; veleiro, diária de R$ 500 a R$ 1.200, de acordo com o tipo de barco e o número de pessoas. Passeio de jipe (Land Rover) à praia de Castelhanos, R$ 35, por pessoa (incluso passeio pela trilha até a Cachoeira do Gato). Valores sujeitos à alteração
Ilhabela - A história (Folha Online)
Em 20 de janeiro de 1502, o italiano Américo Vespúcio navegou pela primeira vez nas águas do canal, contratado pela Coroa Portuguesa, batizando a ilha de São Sebastião.
Antes de sua colonização, os índios a chamavam de ilha de Maembipe e tinha importância estratégica. A ilha delimitava as regiões habitadas pelos tupiniquins, ao sul do continente e, pelos tupinambás, ao norte.
Em 1563, os jesuítas José de Anchieta e Manoel da Nóbrega celebraram a primeira missa na ilha. No final do século 16, a região era dominada por piratas franceses, holandeses e, principalmente, pelo corsário inglês Thomas Cavendish, que, segundo uma das lendas da ilha, teria escondido um tesouro na baía de Castelhanos. Cavendish foi o segundo homem a circunavegar a Terra (1586-1588) e utilizou a ilha de São Sebastião como base.
No Natal de 1591, o corsário inglês atacou e pilhou a Vila do Porto de Santos e, pouco depois, ateou fogo na Vila de São Vicente. Foi a presença dos piratas na região, aliás, que desencadeou o início da colonização em Ilhabela. Os portugueses se viram obrigados a proteger as vilas litorâneas e instalaram fortificações na ilha e no continente.
Foi em uma destas fortificações que nasceu a Villa Bella, onde hoje se encontra o centro da cidade. Em 1805, Villa Bella emancipou-se e passou a se chamar Villa Bella da Princesa, em homenagem à Princesa da Beira, fidalga da corte portuguesa.
O ápice econômico de Ilhabela aconteceu na metade do século 19, com o contrabando de escravos que desembarcavam na baía de Castelhanos e eram introduzidos ilegalmente no continente. Nesta época, mais de 30 engenhos de cana-de-açúcar foram construídos.
Mas a escravidão terminou no Brasil e o declínio econômico se abateu sobre Ilhabela. De uma população de quase 20 mil habitantes no final do século 19, a região passou a ter menos de seis mil na década de 1940. Quem permaneceu na ilha, sobreviveu da pesca.
O ressurgimento de Ilhabela ocorreu a partir de 1959, com a inauguração do serviço de "ferryboats" (balsas), ligando a ilha ao continente. Paralelamente ao advento da balsa e das estradas que vieram a ser abertas na ilha, a energia elétrica deu impulso ao desenvolvimento de Ilhabela.
Pescadores
O arquipélago tem a presença de 22 comunidades caiçaras isoladas, cujo acesso a elas somente é possível por meio de embarcações. Auto-sustentadas, essas comunidades vivem da pesca como viviam seus antepassados, sem eletricidade ou telefone.
Seu linguajar e modo de vida são únicos. O café preto, por exemplo, é acompanhado por abacate com farinha de mandioca e é comum o casamento entre integrantes da mesma família.
Naufrágios
Ilhabela é um verdadeiro cemitério de navios e um paraíso para os mergulhadores. Cerca de cem embarcações -entre rebocadores, cargueiros, veleiros antigos, vapores e navios de passageiros- foram a pique nas costas sul e leste da ilha de São Sebastião.
Na Ponta da Pirabura, ao sul da ilha, ocorreu o maior naufrágio da costa brasileira, o do transatlântico espanhol Príncipe de Astúrias, que levava 590 passageiros à Buenos Aires, no Carnaval de 1916. Morreram 477 pessoas. Trazia uma valiosa carga de cobre, chumbo, estanho e estátuas para monumentos na capital argentina.
O primeiro registro de naufrágio na região foi o da embarcação inglesa Dart, movida a vela e vapor, que, em 1894, foi de encontro à costeira da Itaboca, durante nevoeiro. Em 1905, o brasileiro Atílio afundou após se chocar com o veleiro Alttanir, na ponta de Pirabura. No mesmo ano, o navio Vitória encalhava na Laje do Araçá, próximo a São Sebastião.
Em 1908 foi a vez do vapor Velázquez. Com o mar agitado, a embarcação se chocou contra os costões da Ponta da Sela. Dois anos antes, o vapor francês France havia encalhado e ido a pique na Ponta de Piraçununga, e em 1909, outro vapor, o inglês Whator, afundou na Ponta de Sepituba. Há registro de mais 13 naufrágios na região.
A explicação para tantos naufrágios, segundo antigos marinheiros, é a de que os barcos tinham seus instrumentos de navegação alterados por um campo magnético. As embarcações desviavam milhas de suas rotas originais e colidiam com as rochas e lages da ilha.
Alguns atribuem ao erro de rota à interferência do magnetismo das pedras do tipo "magnetita" encontradas na ilha. Para piorar, os navios enfrentavam densos nevoeiros, ventos fortes e formação de ondas de até cinco metros.
BOM PASSEIO !!!!!
Os encantos de Ilhabela













